TEXTOS

Jacqueline Faust

A arte sempre foi a paixão de Jacqueline Faust, que começou a pintar em 1965. Dedicando-se seriamente a partir de 1975, seu trabalho começa a ser reconhecido profissionalmente, levando-a a participar de salões com júri e exposições individuais em alguns países, dentre eles, Alemanha, França e Estados Unidos.

Sua formação começou na França, no atelier de Mac Avoy, em Paris, tendo anteriormente frequentado o atelier de Costi, um antigo professor da Escola de Belas Artes de Atenas, amante da pintura de Manet, com quem Jacqueline adquiriu a técnica.

Amante das pessoas, dos animais e da natureza, Jacqueline interpreta a seu modo tudo o que vê e procura criar uma pintura agradável a vista, trabalhando com muitas cores e explorando com liberdade as formas e movimentos. Seu grande desafio, diz Jacqueline, talvez seja a instabilidade; seu anseio por pintar cada vez mais a conduz por um experimento incansável de temas diversos, impedindo-a de esgotar cada um deles ao máximo de suas possibilidades. Jacqueline tem prazer em pintar de tudo: personagens imaginários, cavalos, paisagens, naturezas mortas, ou mesmo retratar nas telas, imagens de sua memória, interpretando-as de forma figurativa e romântica. Já tendo pintado vários quadros, de tudo um pouco, busca sempre pintar o que mais lhe agrada. Atualmente, quer vencer seu desafio e focar na exploração das formas geométricas, através da sobreposição, movimento e cor das formas.

Muitas vezes a pintura de Jacqueline é enquadrada na arte primitiva, mas no seu sentido mais amplo, uma vez que está desligada de qualquer vínculo com as raízes dos vários países por onde já morou. Seus pintores preferidos são Velasquez, Cézanne, Kandinsky e Portinari.”

Não tenho ideias preconcebidas. Penso que a pintura é uma emoção visual. Ela deve ser mais agradável possível ao olhar, seja ela realista, abstrata ou naif! – Jacqueline Faust

Jacqueline identifica o mundo a partir de uma linha firme… Ela tem o dom mais precioso de não mostrar qualquer coisa que não seja claramente evidente… Cada objeto existe com força. Seus retratos são atraentes e mostram uma grande mestra… Um pouco insólita e bustante sofisticada. – Mac Avoy

O primeiro contato com Jaqueline Faust e com seus trabalhos, foi marcado pelo humor e alegria que eles transmitem, provocando em mim um enorme bem estar. Aos poucos, percebi que sua pintura é de um colorido apaziguador e suas composições são delicadas e essencialmente poéticas. Jacqueline vai para o campo e traz as suas paisagens para a cidade, querendo prolongar o prazer do silêncio, das cores e da paz que estão lá no interior. Não é no meio do verde e dos animais da fazenda que ela pinta. Jaqueline traz para seu atelier, na cidade intranquila, imagens de um colorido puro, dando ao espectador o conforto de que estão lá as belas montanhas, os belos caminhos, as belas flores, os céus azuis, os belos campos. Vi também em seu atelier, naturezas mortas – retratos – jarros de flores, todos trabalhos feitos em tinta a óleo e, através dele, a inquietude de transmitir alegria e jovialidade, o que ela parece prometer nunca deixar de fazer e que faz muito bem. – Beatrice Sasso